Mais uma postagem...Primeiramente gostaria de agradecer à todas aquelas pessoas que convidadas a visitar meu blog foram tão carinhosas e amigas, deixando seus comentários, tanto aqui, como pelo orkut, obrigada pelos elogios, pelo incentivo, e também por mostrarem que meu sonho não é pura utopia, que ele é possível e, principalmente, agradecer àquelas pessoas que acreditam comigo e alimentam este sonho também, é por isso que acredito tanto nos meus sonhos, por saber que não estou sonhando sozinha, que existem pessoas que comigo abraçam estas causas tão urgentes, mas que só serão solucionadas com muita luta, muita perseverança e muita força de vontade.
É pensando nisso, nessa comunhão de sonhos e vontades que posto este texto de hoje, onde falarei sobre relações de amizade, afetividade, confiança, dentro da vida acadêmica, claro, partindo da minha concepção e da minha vivência.
Depois de onze anos de educação básica, onde trilhamos um caminho praticamente com uma turma única onde as relações de amizade vão se contruindo e desconstruindo facilmente, pelas próprias características da idade e das fases da nossa vida, cada pessoa passa a seguir um caminho de acordo com seus anseios e sonhos, suas perspectivas de futuro.
Chegando na Universidade encontramos pessoas, que assim como nós, se distanciaram um pouco de colegas com diferentes perspectivas de futuro para trilhar um caminho igual ao nosso, e aqui acontece uma coisa muito interessante, fazemos uma escolha: ou viramos colegas, parceiros, ou viramos concorrentes, numa corrida intelectual que nos faz sempre querer passar por cima do outro para se tornar melhor, característica muito comum na sociedade atual que prega o individualismo, uma pena!
Minha escolha eu fiz, e tive muita sorte, parece que meus novos colegas, até então pessoas desconhecidas, fizeram a mesma, tanto que criamos muito rápido uma relação saudável de ajuda mútua, de companheirismo, em poucos dias parecia que nos conhecíamos há anos.
A criação de grupos por afinidades, idade, enfim, por diversos motivos, foi inevitável, mas nada que comprometesse o espírito de turma, de grupo. A confiança foi crescendo e os colegas foram se tornando amigos de verdade, as relações e as vivências saíram da universidade e foram para o dia-a-dia, e com certeza eternizaram-se.
Diferentemente do que vemos acontecendo em diferentes cursos, por discursos ouvidos e situações que nos saltam aos olhos, construímos nossos conhecimentos buscando um mesmo objetivo, trilhamos um caminho que não visa nosso próprio engrandecimento e/ ou vitória individual, buscamos um caminho que leva à construção de uma mudança radical na sociedade e acreditamos que esta mudança passa fundamentalmente pela educação e é ela o nosso foco, é nela que acreditamos e é ela cada vez mais valorizada e bem estruturada que buscamos.
Seria modéstia demais por minha parte se dissesse aqui que só estudamos para buscar o bem dos outros, que o dinheiro não importa: de luta ninguém sobrevive, mas com certeza quem faz o que não gosta, quem se mata estudando para no futuro poder ganhar bem e ter uma profissão reconhecida e valorizada, com certeza não será feliz, perderá os bons anos de sua vida e carregará o seu fardo sozinho, mas não é disso que trato aqui, valores materiais aqui não vêm ao caso. É importante e quero lembrar e ressaltar que neste caminho que trilho, que trilhamos, está muito forte e implícito o desejo de mudança, a vontade de poder fazer mais, de semear e ver os frutos sendo colhidos.
Por fim deixo aqui um questionamento meu e uma hipótese: quantas vezes já me vi conversando e discutindo com colegas esta diferença entre relacionamentos entre colegas de mesmo curso, onde 0,1 na nota já faz alguém se tornar maior ou melhor, mas reconheço e penso na hipótese de que cada profissão tem seu objetivo, no futuro é encarada de uma forma diferente. No caso da minha profissão me sinto privilegiada, pois o caminho profissional é feito junto com demais profissionais da educação, onde sozinho ninguém vai muito longe, mas é importante também lembrar que tudo na vida é assim e que a vida profissional não pode ser encarada isoladamente da vida pessoal e/ou social, por isso é importante revêr conceitos e aprender a olhar para os lados e para baixo muitas vezes, quem muito olha para cima não enxerga os buracos no chão, e isso é muito perigoso!
Boa semana! Beijos!